Foi aprovado nesta quinta-feira, 10, na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), o Projeto de Lei nº 19/2025, que institui a campanha “Fevereiro Roxo e Laranja nas Escolas” na rede pública estadual de ensino. A propositura, de autoria da deputada Linda Brasil (Psol), visa assegurar a realização de ações educativas para conscientizar a comunidade escolar sobre a fibromialgia, o lúpus eritematoso sistêmico, a leucemia e a Doença de Alzheimer — doenças crônicas sem cura.
De acordo com o projeto, durante o mês de fevereiro, deverão ser realizadas atividades de sensibilização sobre essas doenças, abordando seus sintomas, formas de diagnóstico, tratamento e o acesso a políticas públicas voltadas aos pacientes. A inclusão dessa campanha no ambiente escolar representa um avanço na promoção da saúde pública e na garantia de direitos.
Linda Brasil destaca que essas ações contribuem no âmbito da conscientização e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas que podem ser impactadas pela identificação precoce dos sintomas. “Essas doenças não têm cura e impactam significativamente a vida dos pacientes e seus familiares. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para garantir um tratamento mais eficaz. Fico muito feliz por esse projeto ter sido pautado e aprovado. É uma grande conquista”, acrescentou a deputada.
O projeto foi fundamentado a partir da contribuição direta de movimentos sociais e da sociedade civil. “Esse projeto é fruto do diálogo com movimentos sociais, sociedade civil organizada e instituições. A partir dessa mobilização, com a articulação do nosso Comitê de Saúde, surgiu essa propositura. Compartilhar informação sobre os sintomas e tratamentos disponíveis, alertando a população sobre a importância de procurar atendimento médico, é essencial para promover uma melhor qualidade de vida para essa população, com a devida sensibilização da sociedade”, considerou.
A diretora do Movimento de Fibromialgia e Dor Crônica de Sergipe, Flávia Suelane Souza, comemora a aprovação da propositura, considerando, em especial, o impacto para as famílias e mulheres, que representam a maior parcela de pessoas acometidas pelo problema. “A fibromialgia retira muito o indivíduo da sociedade, do contexto familiar e também do contexto de trabalho. Então, dentro da família, podendo ser agregado esse entendimento, essa conscientização, a gente parte do princípio de que poderá ser promovido esse primeiro acolhimento e sensibilização”, salientou.